domingo, 8 de maio de 2016

DESTRUINDO TABUS



    - Tabus....quem nao tem?
 Todos temos nossos tabus, nossas "impotências", nossa experiencia de vida, mais ou menos enraizada mediante as marcas que foram ficando, o tempo que eles vivem em nos, a nossa capacidade de os enfrentar, inteligencia para o fazer e vontade de vencer.
 Nada na vida para a maior parte de nos, povo, e facil de alcançar. As dificuldades surgem em cada esquina, a sociedade "obriga" a comportamentos e linhas a serem seguidos, muitos dos quais nos tiram a nossa verdadeira essencia, por nao ser aceite pelos demais numa logica de "comportamento social aceitavel". A nossa educaçao enquanto nos formamos, meninice, adolescência e primeiros anos de adultos, marcam-nos de maneira unica. Os exemplos que seguimos sao-nos subtilmente ou nao incutidos por familiares proximos, professores e figuras publicas que admiramos. Depois vem o casamento. Ai, provavelmente a ultima? etapa da nossa formaçao pessoal. Muitas vezes somos obrigados a seguir mais padroes que nos impoem para sermos, ou tentarmos ser aceites no mundo que nos rodeia. Afinal, entao e nos? onde esta a nossa essencia? Onde para a nossa real maneira de ser?  Certo, ha regras a respeitar se nao a anarquia imperara.O respeito pelo proximo nao tem que entrar em conflito com o nosso eu. Mas, a nossa vontade? Essa que sendo nossa, intrínseca, é abandonada, tolhendo-nos, amargurando-nos, fazendo-nos sentir menos, enclausurados, a abarrotar e vazios em simultaneo. Tudo seria muito melhor se, em vez de nos castrarem na nossa aprendizagem, nos mostrassem o que e certo e errado, dando-nos no entanto a oportunidade de nos descobrirmos, sem falsas moralidades por medo de erros que, queiramos ou nao, podemos cometer, em especial se nos disserem em determinadas idades ser errado e, com muito mais probabilidades, nos proibirem.

    - Este interlúdio serve para ilustrar o que a minha menina (a doce Rubicat) e eu temos enfrentado e vencido, devido a minha natural abertura e essencialmente a inteligencia e entrega dela. Com tres anos de casamento, 50 de idade, vamos vencendo barreiras continuamente, cada dia mais felizes com o que somos, ela com um comportamento mais submisso e feliz e eu melhor como marido e Senhor. Muitas barreiras nos surgem constantemente, nao so no plano sexual, mas tambem no comportamental e social. Algumas conversas francas têm acontecido e nos têm fortalecido na nossa busca constante da plenitude de casal. Ha pouco tempo, ouvi da sua boca, coisa que nao acontecia anteriormente, a vontade de deixar para traz certas convicções, ideias que estao enraizadas em si. So mostra que a minha menina, alem da imensa dedicaçao que me tem, tem inteligencia e sagacidade para evoluir como pessoa, mulher, companheira e submissa. Isto porque? Porque esta nos seus genes se-lo, servir, entregar-se de corpo e alma. Mas sempre aprendeu com a vida que pessoas como ela eram pouco menos que espezinhadas, entao teve que se defender tornando-se uma pessoa fria e calculista que conheci. Ainda lembro, nas 1ªs conversas, frias, dizer-lhe que tem muito para dar, tinha uma "carapaça" que impedia a aproximaçao de toda a gente. Claro que teve alguem em sua vida depois de um casamento sofrido, mas, a entrega que tao bem sabe dar, nao era feita. Que mudou agora?
     - Acho que tudo. Encontrou em mim alguem que lhe deu o que precisava: TEMPO.
 Nao exijo nada, tento leva-la a querer tudo, mostro-lhe o quanto e dedicada, amorosa, bela, desejavel, inteligente. Dou-lhe liberdade e confiança, tento que seja ela o mais possivel e faço-lhe notar o quanto gosto do que e. Mas, porque faço isso? Porque para meu bem estar, confiança e alegria, nada me falta em atençao, dedicaçao, amor, carinho. Damos um ao outro exactamente o que precisamos. Normalmente os casais dao um ao outro o que acham que o outro precisa, nao se preocupando com o que realmente falta na felicidade do cônjuge. Foge um pouco ao tradicional BDSM? Talvez sim, possivelmente nao. Uma submissa nao e um trapo, nao se pode sentir um diariamente. E uma pessoa que da a vida a um homem, porque a estima. Ela tem que ter prazer em servir. Depois, entao sim, vem o instinto. Tanto mais serviçal sera, quanto mais respeitar e ser respeitada pelo companheiro/Dono/marido/Senhor.Porque para ela, ele tem que ser isso tudo.Se ha alturas em que o Dono a faz sofrer, ela tera que o querer. Precisa, como a Rubi diz "limpar" a cabeça, vazar. Sentir-se violada, mal tratada, forçada, desejada, nunca abandonada. Ela precisa disso para viver. Para ser feliz, ser completa, sentir-se importante. Isso excita-a...Mas tambem, ha alturas em que nada a faz mais feliz que um simples passeio, uma compra de artigos pessoais na minha companhia, um cafe lado a lado, onde as pernas, as maos e os olhares se tocam, num namoro sem fim. Possivelmente naqueles momentos, esta a ser estimulada e tera pensamentos a vaguear, pensamentos em que os dois estaremos juntos num carro, num motel, na cama. Claro que depois daquele namoro, simplesmente precisa(mos) de um qq sitio para acalmar a excitaçao que foi subindo, algumas vezes no carro, na viagem de volta, começa a nossa "aventura", os corpos molhados e sedentos facilmente cedem a um orgasmo, preparativo para muita dor e prazer logo que possivel.

   _ Foi muito bonito, minha querida Rubi, ontem teres-me pedido para chupar. Mais uma etapa vencida, timidez enfrentada, desejos cumpridos. Quero continuar a ser surpreendido com a tua lascivia verbal, algo que sei ter-te sido muito dificil enfrentar. Como me disseste sempre "isto nao sao palavras nem pedidos de uma senhora". Nao, sao frases de uma mulher apaixonada e desejosa. Sao frases dignas de alguem que nos quer muito. Sao palavras de desejo e amor. E eu gosto de ser amado.



Ps. Nao penses minha Amada que esqueci a alegria de me convidares para ver um filme...sei que nao foi pornografico, nao teve sexo, mas ainda assim, muito choque, muita dor, muito sofrimento e muita entrega. E um principio muito agradavel e prazeroso...

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