quinta-feira, 2 de maio de 2019

Animal



   A transformação nos seres humanos e a todos os títulos bizarra. Ha um instinto animal em cada um de nos que e refreado, escondido, quando nao achamos ser socialmente correcto ou esta fora dos comportamentos padrão, os que nos sao ensinados por familiares próximos na nossa meninice, adolescência e vida adulta. São muitas vezes essas atitudes que procuramos ter, com as quais vivemos que nos tornam infelizes, ainda que esse sentimento muitas vezes nao seja compreendido porque a nossa essência esta tao recalcada, tao profundamente escondida, que nao achamos solução para a amargura e mau estar a nao ser em medicação, muitas vezes tao nefasta a saude e com efeitos muito duvidosos. Em suma, sentimo-nos infelizes sem razao óbvia, que efectivamente existe.
     - Tu, minha cadela, deste-me trabalho árduo ate te assumires. Foste por motivos varios uma mulher diferente, oposta ate as vezes, ao que na realidade es. Sempre falaste das angustias sentidas durante o teu meio seculo de existencia que nao tinham razao de existir. Do isolamento a que te votavas dias a fio, da infelicidade que dizias sentir sem razao aparente. Conheci-te com uma carapaça protectora dificil de transpor, uma educaçao muito acima do normal, uma arguta inteligência defensiva e uma frieza desincentivadora de aproximações amorosas. Desconfiança emanava de todos os teus poros. Por outro lado, mostravas sensibilidade imensa. Uma mistura confusa. Em especial para um desbocado,.instintivo e repentista como eu. A tua antítese.
      -Apaixonados, ciente do meu espirito aventureiro, sexualmente sadico e extremamente activo, foste a pouco e pouco vendo onde te encaixavas nas minhas caracteristicas. Passamos alguns revezes, nao por te sentires mal com o que te acontecia mas pelo medo de estares a gostar de coisas supostamente erradas, inclusive de, apos um felacio, em que engoliste semen por teres o teu orgasmo em simultaneo, ficaste assustadissima por poder o mesmo prejudicar-te. Ou a primeira palmada que te dei, olhares-me indignada e surpresa. Ou ainda o sentires um inchaço estranho dentro de ti, motivado por ires ejacular, e parares tudo com medo que te fosses urinar. Foram alguns dos muitos episodios que passamos.
     Falas muitas vezes de um avo que te dava palmadas no rabo como castigo e prendia-te a mesa para nao fugires. Mas com carinho e admiraçao. Esse Sr foi a primeira pessoa que te mostrou quem eras: Uma masoquista submissa. Achavas certos os castigos e fascinavam-te as maos grandes e fortes que te castigavam, segundo dizes  justamente. E repetias a asneira vezes sem conta. Claro que o carinho feito apos o tempo de castigo era aliciante e terapêutico.
     E a tua natureza, Precisas de dor para viveres em harmonia, precisas ser dobrada e subjugada para te sentires protegida, precisas ajoelhar para te sentires tu. Precisas de um Deus de carne e osso, que veneres e a quem entregas corpo e alma. Ha 4 ou 5 anos, confessaste-o por escrito no teu blogue, mas o medo, a falta de confiança, em ti e em mim, fizeram-te recuar. Quiseste experimentar outros comportamentos, tinhas receio desse mas, a tua essência finalmente venceu. Desde ha dois dias que es feliz e realizada. Ha dois dias que dormes como uma cadela aos meus pes, fora da cama. Ontem, judiei de ti com um forte tratamento fisico em que choravas baba e ranho, sentindo-te frustrada por o teu corpo rejeitar a dor. Mentira, o teu corpo aproveitou essa dor em forma de lubrificação, o teu choro e sofrimento tiveram o condao de te relaxar, justificando o teu sexo esfregar-se no meu joelho enquanto choravas abraçada a mim. Precisas ser castigada constantemente, lava-te o espirito, precisas estar aos meus pes, seres guiada torturada, machucada, para te sentires amada, tornando-te a fera sexual que admiras no reino animal, a leoa, que e subjugada pelo leao, presa com garras e dentes e praticamente violada. E assim que gostas de te sentir amada.
     Pela minha parte, adoro ter-te a meus pes, a dormir profundamente como estas, acariciar-te a cabeça, e chamar-te quando me apetecer para me servires. E por sadismo, por humilhaçao que me sinto assim? Sera, mas tambem e por amar loucamente a minha cadela

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