terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Dominador casado

   Hoje escrevo sobre as dificuldades e os benefícios de ser Dominador da esposa/submissa.
  Como propriedade do Dono e seu bem mais precioso, a submissa deve ter um tratamento distinto, ser respeitada, cuidada, protegida. 
  Como todos os leitores do nosso Blog já sabem, temos aqui em casa esse relacionamento. Uma união maravilhosa, cumplicidade e respeito sem igual.

   No entanto nem tudo e simples e manter uma relação deste tipo requer perspicácia, jogo de cintura, muita amizade e interesses comuns. Quantas vezes a família e motivo de conflito? Quantas vezes deparamos com problemas de filhos, pais ou irmãos que, por ser habito nos resolvermos, nos caiem em cima?

  Tudo isso era normal quebrar o nosso quotidiano, afastando-nos, minando a nossa relação. Era, porque  apesar de por vezes existirem pequenos conflitos, não vivemos um sem o outro e procuramos sempre razões para estarmos juntos, que são bem maiores do que o problema com que somos desafiados. A minha esposa/submissa sempre disse que temos tudo para dar certo. Também temos uma frase de uma canção do Rui Veloso com a qual nos identificamos - "Muito mais é o que nos une que aquilo que nos separa".



 A verdade e que, se ultrapassarmos os problemas inerentes a uma vida a dois, só sobram as coisas boas. Como se percebe e muito mais tempo de coisas boas do que mas. Porque não aproveitar?

 Certamente que um Dominador precisa paz de Espírito para desempenhar com mestria a dupla função de submeter a esposa e ao mesmo tempo faze-la apreciar e necessitar dessa submissão. Na mesma medida, a submissa carece de atenção e uma vida descansada para se poder entregar sem limites, as preocupações não podem colidir com as intenções dos dois. Só há uma alternativa: Quando uma sessão acontece, cabeças limpas. Consegui-lo e o desafio.

  Com certeza casais BDSM como nos identificam-se com o que escrevo e tentam, na medida do possível, não se deixarem envolver nos problemas. Há tempo para os resolver e e muito mais importante estarmos sãos, lúcidos, tendo cabeça fria. Essa cabeça fria e causa de uma sessão aprazível.






Numa sessão, há uma troca entre os dois em que cada um devera receber o que precisa. A submissão de um devera ser proporcional ao Domínio do outro, no nosso caso, o meu sadismo deve ser satisfeito pelo masoquismo dela e por fim, o clímax devera acontecer sempre para os dois, o maior numero de vezes possível, com intensidades e estímulos diferentes.





 Sei não ser consensual nesta ultima afirmação. Há muitos Dominadores que negam o orgasmo à parceira numa, duas ou mais sessões, procurando com isso ensandecer a mesma, ate que à sua ordem ela "descarregue". São maneiras diferentes, explorações distintas, caminhos diferenciados que cada um segue.

Eu tenho por preferência causar o máximo em cada sessão, embora os atrase ou adiante consoante a minha vontade. Sei que o enervamento por deixar a submissa na fronteira faz com que os orgasmos sejam mais pujantes, mas confesso adorar, depois de tanto sofrimento causado ver a minha mulher derreter-se ate a exaustão, descontrolada, ate muitas vezes ao desmaio. Depois de um colar de corpos saciados, beijos românticos e adormecer, descansados, satisfeitos, plenos.

6 comentários:

  1. Confesso que nunca consegui destrinçar a diferença entre a prática do BDSM e a submissão pura e verdadeira da mulher perante o homen, ou vice versa. Onde começa o gozo ou onde começa o enxovalhar do ser humano.
    Respeito essa prática, embora a não consiga entender. Mas como se costuma dizer o que interessa é
    ........ SER-SE FELIZ ...............
    .
    Boa noite

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    1. Boa noite Vanessa Flor. Na sexualidade a dois, desde que as práticas sejam concensuais, tudo é permitido e até desejado por ambos.
      Felizmente somos um casal que se complementa e se respeita, acima de tudo. Assim como sempre respeitamos as escolhas sexuais de outras pessoas, desde que essas escolhas cumpram o SSC (São, Seguro e Concensual) e concordo plenamente consigo quando escreve que "o que interessa é ... SER-SE FELIZ..."
      Agradeço a visita e comentário. Continuação de uma excelente noite para si.

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  2. Quando fui submissa, desconhecia o BDSM, foi-me apresentado com palavras parecidas às que li, ele tinha tido um casamento de 20 anos com o BDSM a ser o tópico sexual , gostei. Não existe "enxovalhar" algum, há prazer e consentimento, acima de tudo uma grande confiança e cumplicidade e eu punha a minha vida nas mãos daquele homem, percebo-vos. beijocas aos dois

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    1. Boa tarde menina Pink Poison. Agradeço o comentário que é de conhecedora da arte. Aprendi há muitos anos que, não se fala do que se desconhece. Infelizmente nem todos fazem o mesmo. No entanto fico feliz em poder elucidar em parceria com a minha esposa,alguma magia do BDSM. Alem, claro, de outros "sitios" na net que são informativos, onde tambem procurei informação e ainda hoje o faço. Tenha um excelente fim de semana, se possível com não menos aprazível Sadomasoquismo.

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  3. Foi vc quem comentou no meu blog e me seguiu?Cliquei no comentário de DOMINOUS e tem vários blogs e alguns não abrem. No comentário disse que ele e a esposa me seguiam. Nos seguidores li o nome Paulo.

    Aqui nem vejo como seguir ou lista de seguidores.

    Responda no meu blog,ok?

    Abraços

    Donetzka

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  4. Muito boa tarde menina Donetzka. Agradeço imenso a visita e tem a resposta a todas as duvidas no seu Blog. Espero manter as suas visitas amiúde. Um excelente fim de semana.

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Desde já agradecemos a sua visita. Sabemos de antemão que o Bdsm poderá ser um mundo diferente, com algumas práticas até consideradas anormais, para muitas pessoas. Neste blog fazemos questão de partilhar as nossas vivências, fantasias e fetiches. Sempre respeitando o SSC (São, Seguro e Concensual)
Agradecemos sempre um feedback, quer concorde ou não. Aqui poderá comentar livremente. Uma troca de experiências será sempre uma mais valia para este nosso espaço. Mantenham a chama acesa e acima de tudo façam por ser felizes!

Obrigado

Dominous & Kaya