quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Viver a nossa sexualidade



O desempenho de papéis contraditórios, em diferentes situações das nossas vidas, nem sempre são bem exploradas. Por exemplo, a forma como encaramos a nossa vida pessoal, familiar ou profissional podem ser comportamentos completamente díspares da forma como vivemos a nossa sexualidade ou do que apreciamos na cama.
A natureza conservadora da sociedade em que vivemos, no que diz respeito ao sexo, incute crenças erradas nas pessoas.
Falo isto com conhecimento de causa. Vivi mais de metade da minha vida inserida nesta sociedade e o mais grave, a importância dada ao sexo era diminuta. O sexo não era considerado parte integrante de um projecto de vida. Na educação de uma jovem, quando ainda era adolescente, tudo o que dizia respeito a sexo era denegrido.
No entanto, hoje ao teu lado, os tabus foram sendo quase que arrancados à força, no bom sentido, pois estavam muito enraizados dentro de mim. Descobri a minha sexualidade a teu lado... descobri a liberdade de escolher quem quero ser na cama. Descobri gostos e necessidades que nem imaginava existirem. Felizmente estás aqui para saciar as minhas necessidades.
Hoje ser arrebatada pelo nosso homem, que nos entrelace pela cintura, nos pegue ao colo, nos atire para a cama, para cima da mesa, para o chão, sofá, etc... arranque as nossas roupas com desespero, nos penetre à força, invada sem pedir permissão, demonstrando-nos nesse acto o quanto nos ama... mexe, de certeza com a libido feminina... Pelo menos mexe com a minha, e muito.
Ser dominada dessa forma faz uma mulher sentir-se irresistivelmente sexy, a autoconfiança nestas alturas é extremamente afrodisíaca.
Outro aspecto que considero extremamente excitante é quando me amarras e não tenho o menor controle. Vendada então,  melhor ainda... a situação é imprevisível, desconhecendo o que está para vir... o calafrio que o inesperado ou o imponderável provoca... aquele friozinho na barriga...
Qualquer brincadeira que eu considero erótica, relacionada com a minha submissão ou masoquismo, é uma forma de me desconectar da realidade do dia a dia. Uma maneira de transferir as responsabilidades para ti e de me entregar às tuas vontades, sem precisar reflectir, pensar ou tomar decisões. Existe algo mais relaxante e libertador para algumas mulheres?
Outra explicação que encontro para explicar o desejo de ser possuída à revelia (minha insubmissão) é que bem lá no fundo me sinta culpada, inconscientemente, de sentir prazer. Ao imaginar que estou a ser forçada, liberto-me desta culpa, aproveitando assim muito mais aquele momento. Ao representar uma personagem permite-me deixar de lado ressentimentos e autocensura... vivo apenas as emoções que me provocas... navegando num mar de sensações.
Qualquer variação funciona como um suplemento e não como motor de arranque para que o sexo aconteça.
Por vezes, o facto de estar vendada é suficiente para esquecer o que me incomoda no meu corpo, estimula os meus sentidos e passo a desfrutar aquele momento ao máximo. Não nego, também, aquela excitação que surge pelo facto de me sentir "apavorada"
Claro que existe algum perigo nas nossas brincadeiras mas sei também a segurança que passas para mim... pois confio plenamente em ti. E amparada por essa segurança continuo a ter orgasmos que ainda hoje te arrepiam e me deixam exausta e feliz.

1 comentário:

  1. E optimo confirmar que a beleza das 1ªs vezes nao desapareceu, que ainda continuas a senti emoçoes desconhecidas. Disseste um dia para nao te tirar nada do que te tinha dado a conhecer. Hoje confirmas o que te disse na altura. Nao ha subtraçoes na nossa vivencia. A relaçao anal, por exemplo, quando um dia tirares o proveito dela, nao tenhas receio de ser unica. como outro tipo de praticas, essa so e acrescentada. E como essa, outras.

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Dominous & Kaya