sábado, 16 de novembro de 2019
Instintos..uma reflexao
Subjugaçao ou nao
-Na natureza, nas espécies animais, ha sempre quem mande, um(a) líder, sendo o(a) responsável pelo bem estar do grupo, tomando decisões, protegendo, ensinando e reproduzindo.
-Esse animal mantém a ordem no grupo, mantendo a hierarquia e em consequência, a harmonia. Cada elemento tem a sua função que desempenha confortavelmente.
-Na nossa espécie, na família, também era assim. O homem fornecia o alimento, procriava e protegia a família, a mulher fazia as refeições, cuidava do lar, tinha filhos e educava-os, preparava-os para a vida adulta. Isso mudou, a nossa sociedade deturpou as leis da natureza, mudou os nossos instintos.Hoje na nossa sociedade, as mulheres têm por motivos económicos de trabalhar ao lado do homem, os filhos sao desacompanhados (falta de tempo útil para os mesmos) e somos escravos de uma sociedade que dizem de igualdade, sem o ser. Como pode haver igualdade quando numa mesma funçao ha disparidades de ordenados? Quando pode ser igualitária quando a mulher nao pode engravidar quando quer com medo de perder o emprego? Como pode ser justa quando os filhos andam ao abandono porque o tempo dos pais e exíguo quando mais sao precisos?
E os nossos instintos? Neste momento, homem e mulher so têm um, o de sobrevivência, sendo que, as únicas preocupações sao dar um tecto a familia e alimenta-la. Com maior ou menor ostentação, sao essas as primordiais preocupações.
- Pela minha experiência de ja alguns aninhos, os nossos instintos animais mantêm-se dentro de nos, so que os colocamos num lugar tao escondido que muitas vezes nem nos lembramos deles se nao forem despoletados por alguem ou situação de vida.
Quantas mulheres nao dariam tudo para cumprirem o papel de maes e esposas integralmente? Nao tenho a veleidade e dizer todas porque nao e verdade. Mas muitas, se se deparassem com essa situação nao olhavam para trás. Quantos homens nao se sentiriam seguros e compensados no papel de macho tradicional que, chegando ao fim do dia levava o alimento para casa, sentido-se confortável no seu lar, na companhia e mulher e filhos? Claro que, como sao instintos, poderão os papeis serem trocados (menos o de procriar), porque ha homens e mulheres cujo instinto e inverso. Com certeza alguns e algumas leitores(as) consideram esta opinião machista, retrograda, antiquada. Mas os instintos vivem connosco desde sempre, sempre os tivemos e as mudanças que a sociedade nos impos, castraram-nos.
-Aqui chego ao BDSM.
Os verdadeiramente adeptos, os que nao se aproveitam desta forma de viver para terem relaçoes fáceis, compreendem o que escrevo. Ha nuances nesta forma de viver, submisso ou Senhor nao tem a ver com género mas sim com os primitivos instintos.
-Ha sempre as duas faces da mesma moeda. Quantos Dons ou Dommes nao haverá por ai, que sonham com o desempenho próprio da sua escolha? Quantos escravos(as), submissas(os) nao desejariam cumprir um papel de acordo com a sua necessidade? Mais uma vez, a parte económica e um entrave, mais uma vez a sociedade que construímos se encarrega de nos tornar infelizes ou pelo menos impede em parte a nossa realização pessoal. Quando temos um poder monetário grande, podemos dar-nos ao luxo de, pelo menos de tempos a tempos, preenchermos as nossas vontades e desejos.
- Quantos submissos existem na alta sociedade? Pois, bastantes, que devido ao poder económico, pagam a profissionais para que as suas necessidades sejam preenchidas durante algum tempo. Isto sempre num sigilo (talvez com algumas excepções), porque a sociedade condena essa postura e se o individuo se assumisse como tal provavelmente teria repercussões negativas no seu emprego.
-Os Dominadores com muitos recursos materiais ainda conseguem levar mais longe o preenchimento do seu eu. Podem, porque têm meios para tal, ter um harém de pessoas felizes em o servir, porque assim o desejam e porque têm tudo o que precisam sem procupaçoes. Deixam todas as decisões a outro, no fundo o que ambicionam, com uma so escolha, dependerem. E como isso faz feliz tanta gente.
-Sei que este tema vai gerar diversas reacções. Nao prescindam de comentar porque, nao ha certo ou errado, cada um tem a sua opinião sobre todas as temáticas e gosto de evoluir e conhecer diferentes formas de pensar.
4 comentários:
Desde já agradecemos a sua visita. Sabemos de antemão que o Bdsm poderá ser um mundo diferente, com algumas práticas até consideradas anormais, para muitas pessoas. Neste blog fazemos questão de partilhar as nossas vivências, fantasias e fetiches. Sempre respeitando o SSC (São, Seguro e Concensual)
Agradecemos sempre um feedback, quer concorde ou não. Aqui poderá comentar livremente. Uma troca de experiências será sempre uma mais valia para este nosso espaço. Mantenham a chama acesa e acima de tudo façam por ser felizes!
Obrigado
Dominous & Kaya
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
A submissão sexual, para mim, é um estímulo. Conheço quem faça do BDSM a sua bandeja de sexo, eu não, mas gosto de determinadas coisas que são apelidadas (e já debati este tema no meu blog) de "violência". Como ex vítima de violência doméstica fico deveras espantada com esta amostra de ignorância porque quem não gosta, não faz, da mesma forma que eu eu não gosto de coisas (sexuais) muito cheias de mimos e "amo-te", são gostos.Beijos aos dois
ResponderEliminarTambém eu própria sofri de violência doméstica, psicologicamente e fisicamente, durante alguns anos… Saí desse relacionamento e levei um tempo a reaprender a gostar de mim. Outros anos se passaram até encontrar o homem (meu esposo há já sete anos) que me aceitou como eu era. Logo no início de namoro fez questão de me falar sobre a sua sexualidade, assumindo-se como dominador e sádico… Por incrível que possa parecer, devido à minha má experiência, nada me fez afastar dele nem a sua peculiar sexualidade me assustou… A química entre nós foi imediata e ainda hoje ela está presente. Foi a seu lado o meu primeiro contacto com esse mundo (BDSM) que tanto o fascinava. Mas esse mundo é tão vasto que explorámos diversas práticas… descobri em muitas, sensações e emoções que desconhecia… e até hoje continuamos a construir o nosso próprio mundo, feito à nossa imagem… Lamento imenso quando leio textos onde o BDSM é associado a algo de anormal, doentio ou quando leio que existem regras e padrões de comportamentos… Nunca fui apreciadora de rótulos e muito menos dos assumidos arautos da verdade. Hoje sou uma mulher completa e a sexualidade que descobri em mim, não anula a pessoa que sou. Descobri em mim essências que desconhecia. Sou masoquista… submissa qb quando a situação assim o "exige" embora me dê um prazer imenso desobedecer… está na minha natureza… não consigo evitar esse facto. Por isso sou apologista que cada pessoa se sinta bem com a sua sexualidade e a forma como a vive, sem rótulos e estereótipos impostos por uma sociedade doentia que condena tudo e todos que não se enquadre nos tais padrões construídos por essa mesma sociedade. E a situação mais chocante a que assisto é quando os próprios defensores da liberdade sexual são os primeiros a castrarem e a condenarem a sexualidade de outros.
Eliminar"da mesma forma que eu não gosto de coisas (sexuais) muito cheias de mimos e "amo-te", são gostos."
EliminarVerdade… o que podemos fazer??? São gostos muito pessoais :)
Precisamente, foi num blog de teor erótico que li que bdsm era violência... Isto é que me parece contradição... Aguardo o seu mimo. Beijinhos aos dois
Eliminar