quarta-feira, 20 de novembro de 2019

No restolhar das folhas (I)

(segunda-feira, 15 de agosto de 2016)


As 23 horas aproximavam-se... Sentada na sala esperava que chegasses a qualquer momento. Olhei de relance para a malinha que estava a meu lado. Não sabia o que estava dentro dela porque foi preparada por ti antes de saíres. Apesar da minha curiosidade resisti à tentação de a abrir... Aquele mistério à volta dela preencheu a minha mente ao longo da tarde mas respeitei a tua ordem.
- Esta mala não é para abrir!
Durante os meus afazeres domésticos passava por ela algumas vezes imaginado o que poderia conter...
A minha roupa também tinha sido escolhida por ti... vestido preto curto, salto alto e sem calcinha... pintada e de coleira posta... aquela que eu aprecio muito pois tem as tuas iniciais...
Os meus pensamentos foram interrompidos pela chegada do carro...
Saí de casa e ao entrar no carro fui agarrada pelos cabelos e recebi um beijo arrebatador que me deixou sem fôlego...
- Tudo bem?
- Sim - respondi baixinho...
Coloquei as mãos sobre o regaço e olhei em frente quando colocaste o carro em andamento...
A noite estava linda. Apesar de não haver lua o céu estava estrelado...
Senti a tua mão apertar com força a minha coxa... e na quietude da noite mergulhei num jogo nocturno de suposições...
Aquele caminho que percorremos levou-nos ao nosso café...
Ao sair do carro ajustei o vestido na tentativa de o tornar mais comprido...
Ao entrarmos no café senti alguns olhares sobre nós... numa comunidade pequena não é muito usual ver uma mulher de coleira... ligeiramente incomodada mas orgulhosa fui encaminhada por ti em direcção a uma mesa... Agora sim estava bastante atrapalhada... sem calcinha qual a forma correcta para me sentar com aquele vestido tão curto? Fiquei estática frente à mesa... Notaste a minha atrapalhação porque vieste em meu auxílio... colocaste-te atrás da cadeira e só assim eu sentei-me...
Juntei as pernas e enquanto puxava o vestido uma vez mais foste buscar os cafés...
Para descontrair puxaste conversa sobre as nossas tardes, enquanto bebíamos o café e fumávamos um cigarro. Foi uma conversa banal... aparentemente  estava calma mas um tremor ou outro nas minhas mãos denunciavam o meu nervosismo fazendo-te sorrir...
- Vamos?
- Sim - Apesar da firmeza na voz estava a fervilhar por dentro...
Sentada já no carro ouvi a porta de trás abrir e apercebi-me que estavas a tirar algo da misteriosa mala... Quando te sentaste à frente colocaste a venda no meu colo...
- Coloca a venda!

Arrancaste com o carro e enquanto colocava a venda pensamentos inquietantes passaram em tropel pelo meu espírito...
Levo uma palmada forte na parte interior da coxa...
- Afasta as pernas e masturba-te!!!
Apesar do receio de ser vista por alguém não me fiz de rogada e acatei de imediato tão deliciosa ordem.
Calmamente recostei-me no assento deslizando um pouco o corpo para baixo...
- Começa puta!
Devagar abri as pernas o mais que pude ficando o meu sexo completamente exposto... Com uma mão coloquei o clitóris a descoberto. Apesar da humidade existente entre pernas, fiz questão de levar os dedos da outra mão à minha boca...  fiz alguns movimentos de vai e vem... imaginando o teu sexo...
Eu sei o quanto adoras esta imagem... mesmo privada da visão adivinhava o teu olhar sobre mim... A excitação cresceu... deslizei os dedos molhados e introduzi-os dentro de mim... uma sensação óptima tactear a quentura do meu interior...
Enquanto friccionava o clitóris imaginava a tua língua... me lambendo... sugando, mordiscando, provando...
Impulsionei o corpo mais para a frente para sentir melhor a pressão dos dedos dentro mim, sem de estimular e esfregar o clitóris...
- Fode-te puta!
Gemia de prazer a cada esfregadela... tirei os dedos da vagina e escancarei ainda mais o clitóris para melhor fricção... acelerei os movimentos... gemendo... Espasmos vaginais e aquele delicioso calor entre pernas eram prenúncio de um orgasmo... não hesitei e fui em busca dele...
-Pára!!!
Levei uma forte palmada no meu sexo... doeu bastante... a excitação e a vontade de me fazer vir aumentou... retomei os movimentos...
-Pára já!!!
Desta vez foram duas palmadas mais fortes... parei... respirei fundo para acalmar aquele fervor...
Só então me apercebi que o carro estava parado...
- Um cigarro?
Devo ter emitido algum som inaudível porque voltaste a perguntar...
- Sim. Obrigado... Posso retirar a venda?
- Não!

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