terça-feira, 22 de outubro de 2019

Marcante

(17 de Setembro de 2013)

Ontem à noite acendemos as velas. De olhos baixos fiquei nua diante de ti... passaste a corda no meu pescoço... pelo meu peito e sexo até me imobilizares os braços... lentamente... com carinho... enquanto eu aproveitava a tua aproximação para te beijar o rosto... paravas e retríbuias o beijo na minha boca. Vendaste os meus olhos. O meu coração bateu mais forte e a minha respiração acelerou... senti as molas nos meus mamilos... nos lábios da minha vagina... sensação gostosa e inquietante... passaste a estimular o meu sexo com os dedos ao mesmo tempo que puxavas as molas... ora no sexo... ora nos mamilos... o meu corpo se curva e contorce perante a dor provocada pelas molas e pelo prazer provocado pelos teus dedos... gemidos de dor e prazer saem da minha boca.
Sinto o cinto nas minhas nádegas... nas minhas coxas... nas minhas costas... os teus dedos continuavam a estimular o meu sexo... o cinto marca a minha pele... sinto-te atrás de mim... a cada toque do cinto agarro e aperto com força o teu sexo... não dá para definir o que sinto... a pressão das cordas no meu corpo torna-se mais forte a cada cinturada... dor... angústia... prazer... cada vez mais excitada... Retiras as molas do meu peito... os mamilos estão ligeiramente doridos mas tu puxas por eles... sentes o meu desconforto... beijas a minha dor que desvanece no calor dos teus lábios... sinto o meu orgasmo tão próximo... as minhas pernas estão trémulas... mas tu páras... sentas-me na cama, puxas a minha cabeça para o teu sexo... engulo-o... sinto-o na minha garganta... aceleras o movimento de vai-e-vem... as tuas mãos agarram a minha cabeça e introduzes cada vez mais fundo... só o retiras quando me engasgo... estou exausta... sem forças..

Deitas-me na cama de barriga para cima... afastas as minhas pernas e começas a beijar o meu sexo... abandono-me ansiosa que permitas o meu orgasmo... mas nesse momento dás-me palmadas no sexo sexo... estou quase a vir-me... intercalas as palmadas com o cinto... sensações fortes se apoderam do meu ser... o meu sexo está dorido... a tua língua me enlouquece... o meu raciocínio é toldado por um turbilhão de sensações... os pulsos estão doridos da corda... o meu sexo latejando... quero pedir-te que me deixes vir mas não consigo falar... apenas solto gemidos.
Páras... e durante alguns segundos não sinto o teu tão desejado toque... fico expectante... o meu peito a arfar.. .o meu sexo latejando... continuo vendada... imobilizada... não te vejo... não te sinto...
Essa pausa foi breve pois logo de seguida sinto o meu peito a arder apercebo-me que vertes gotas de cera... continuo a sentir a cera a cair no meu peito, na minha barriga... ao mesmo tempo começas a estimular de novo o meu sexo... e a cera a aproximar-se cada vez mais dele... que sensação nunca antes sentida...a sensação provocada pelo ardor e a estimulação do meu sexo não dá para descrever... é fantástica... única palavra que me surge neste momento. A tua estimulação é cada vez mais forte... a tensão aumenta... o desconforto está presente... a excitação está a levar-me de novo ao meu tão desejado orgasmo. Sinto-o prestes a  acontecer a qualquer momento.... e tu dás-me esse momento. O meu corpo está em convulsão. Gemidos e gritos abraçam uma explosão de sensações.
O meu corpo ainda está  a recuperar quando começas a desamarrar a corda... estou completamente abandonada... exausta.... o roçar da corda nas minhas costas continua a excitar-me...
Viras-me de 4 e penetras-me com força... adoro sentir a tua força em mim.... sinto o cinto à volta da minha garganta... puxas o cinto e o meu corpo é puxado para trás ao mesmo tempo que enterras mais fundo... cada investida tua é um grito meu... cada puxar do cinto é um tormento e um prazer para mim... estás a conduzir-me a um novo orgasmo... neste momento aconteceu algo mágico... tu dás um puxão tão forte no cinto que me sinto sufocar.... perco a lucidez... sinto-me desfalecer no momento em que estou a vir-me... para logo a seguir recuperar a  lucidez e sentir-te vir dentro de mim... Deitas-te a meu lado mas eu ainda fico naquela posição durante algum tempo... cansada.. .inerte... o meu corpo ainda sentindo todo aquele impacto... resquícios de algo transcendente...
Aninhei-me no aconchego do teu abraço, no calor do teu corpo suado e assim adormeci.

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